Cirandar na Biblioteca Chocolatão: trabalho de letramento de crianças avança junto a familiares e escola

O letramento e alfabetização de crianças na Biblioteca Comunitária Chocolatão é um dos trabalhos atualmente desenvolvidos pelo Cirandar.

Através destas práticas, crianças e adolescentes puderam ampliar seus conhecimentos e aproximar da leitura, que é tão necessária para o crescimento pessoal, educacional e profissional de cada pessoa.

Atualmente, a Biblioteca Chocolatão fica situada no bairro Morro Santana, na zona leste de Porto Alegre. A atividade lá realizada atende cerca de 50 crianças e adolescentes e é feita no âmbito do conceito de desenvolvimento integral.

Conforme explica a coordenadora institucional do Cirandar Márcia Cavalcante, a estrutura deste trabalho visa acompanhar integralmente as crianças e jovens atendidos: “nós acompanhamos conjuntamente a família, a escola onde a criança está matriculada e as vivências que ela tem de letramento e alfabetização junto à biblioteca. Nós usamos uma metáfora de triangulação, onde em uma ponta está a família, em outra, a escola e na terceira, o Cirandar. A criança está no centro, protegida”.

O programa Itaú Social Unicef patrocina o trabalho de letramento e alfabetização promovido pelo Cirandar na Biblioteca Chocolatão. A técnica de projetos Mariana Cetra, do Cenpec, responsável pela coordenação técnica do Programa Itaú Social UNICEF, analisa esta parceria: “o Cirandar sempre foi uma organização que esteve a fim de escutar a si próprio. O percurso inicial do projeto foi sugerido para que as organizações pudessem parar para se escutar. Não era uma fórmula que a gente tinha pronta. A vontade que a gente tem com este programa é de arar a terra, colocar algumas sementes, para que as organizações olhem para isto e façam seu trabalho”. Cetra complementa: “acho que o Cirandar vai por este caminho. Existe uma evidente concepção de educação integral no trabalho feito. Quando ele atrela isto à cultura, também me deixa muito feliz. A cultura é algo que, se nós não prestarmos atenção, fica esquecida. Nós não temos educação sem cultura e vice-versa”.

A técnica de projetos do Cenpec destaca que o formato de atuação do Cirandar é necessário para que seja obtida a integração da criança em um projeto como este: “quando é feita a triangulação com a família e com a escola, que são os lugares onde está a criança e o adolescente, o grande papel que uma organização da sociedade civil tem também é de poder olhar para estes outros espaços, entender o jovem e integrá-lo”. Mariana Cetra salienta que a educação é uma missão coletiva, que deve ser cumprida por distintos atores da sociedade: “quando falamos, na maioria, em educação, olhamos direto para a escola. A educação está em todo lugar. Deveria ser um projeto de país e de sociedade. Acredito que o Cirandar tenha esta percepção com as crianças e adolescentes, pensando em projetos de vida que possam engajá-los”.

Mariana Cetra elogia também a capacidade de adaptação presente nesta parceria: “acredito que o Cirandar tenha em si esta concepção da educação, antes do percurso. Acho que o percurso chega para apoiar e fortalecer, porque eu acho que o Cirandar é uma organização que está aberta a se repensar. Só vamos construir uma sociedade diferente se houver esta abertura”. O programa Itaú Social UNICEF patrocina as atividades de letramento e alfabetização na Biblioteca Comunitária Chocolatão desde o ano de 2021.